SONO DA ALMA - Doutrina Adventista - É Bíblico?

EM Gênesis 1:27 diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Quero destacar a palavra: IMAGEM. Essa imagem não tem nada a ver com aparência física, pois Deus é espírito. O homem é o único ser constituído de espírito (parte imaterial e imortal) e dotado de razão, inteligência e volição. Leia 1 Tessalonicenses 5:23 (fala da tricotomia)
O sono da alma tão pregado pelos adventistas, despreza a passagem de Lucas 16:19-31, a famosa parábola do Zico e Lázaro. (Eles usam o argumento de narrativa não é real, é alegórico). Veja só: Jesus é Deus, portanto, Onisciente e ele faz alusão a Moisés, um personagem histórico do Velho Testamento. Se você observar bem, verás que EXISTE CLARAMENTE UM ESTADO DE CONSCIÊNCIA, após a morte, basta olhar para o diálogo que existe entre o rico e Abraão e vice-versa.

O QUE É MORTALISMO CRISTÃO?
É a crença de que a alma morre, e que o "sono" da morte é inconsciente. Esta doutrina também é chamada de Estado Inconsciente dos Mortos. Outro nome que esta doutrina recebe é de Sono da alma.
Infelizmente o Mortalismo Cristão é aceito também por algumas denominações ditas cristãs. É completamente abandonado e considerado heresia, pela maioria das igrejas evangélicas (Batistas, Assembleia de Deus, Presbiteriana e etc)

CONCEITO DE CONSCIÊNCIA (para a ciência e a filosofia)
Abaixo está o conceito de consciência, tanto para a ciência quanto para a filosofia.

CIÊNCIA
Sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior.
Sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais.
Ex. "agiu conforme sua consciência..."

FILOFOSIA
A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele.
É talvez uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo o facto mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.
A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age. A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.
A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que estão enraizados o sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A consciência é a essência do ser humano e fonte de conhecimento e de verdade.
De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo.
Para Espinosa, a consciência é a fonte de ilusões. Somos conscientes dos nossos desejos e representações, facto que torna a consciência um conhecimento incompleto, que mantém o Homem ignorante das causas que produzem conhecimento verdadeiro e total. Assim, a consciência não é de modo algum lugar de conhecimento verdadeiro, mas sim causadora de ilusões, especialmente da ilusão da liberdade.
Existe ainda a consciência moral que é a consciência que os seres humanos possuem e que os permite distinguir o que uma ação tem de moralmente prescrita ou proibida.
Segundo Nietzsche, a consciência moral, a voz da consciência, é na realidade a expressão de sentimentos que não têm nada de moral.  (fonte: https://www.infopedia.pt/$consciencia-(filosofia)

Conclusão:
Pelo diálogo do rico e Abraão, percebe-se claramente um estado de consciência após a morte. Em nenhum momento o texto supra citado dá apoio essa doutrina herética, o texto não diz que eles estão dormindo na sepultura. A Bíblia não dá apoio à doutrina do sono da alma. Há um perigo muito grande de se interpretar um texto fora do seu contexto, algo que é característico entre as seitas.
Quando Jesus morreu na cruz do Calvário o que aconteceu no período que seu corpo estava no túmulo? Veja a declaração do Apóstolo Pedro em 1 Pedro 3:18-19 "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelo injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, 19. no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão".  Pregar aqui não é anunciar a Palavra salvadora de Cristo, no contexto significa que ele foi e anunciou, ele proclamou a sua vitória aos espíritos. O contexto não nem de longe transmite a doutrina herética, portanto diabólica da doutrina do SONO DA ALMA. Quando Jesus em João 11:11 diz que o seu amigo Lázaro adormeceu, Ele está usando um eufemismo, pois JESUS é o senhor de todas as coisas, inclusive da morte.

Um comentário:

  1. OLA´, SAUDAÇÕES
    ARTIGO MUITO INTERESSANTE, DEPOIS DE LER E REFLETIR UM POUCO CHEGUEI A UMA CONCLUSÃO; COMO O ARTIGO DE CERTA FORMA FAZ REFERENCIA AOS ADVENTISTAS, NADA MAIS DO QUE JUSTO UM ADVENTISTA PARTICIPAR DEIXANDO SEU POSICIONAMENTO, COMO RESPOSTA.

    Na visão dualista em sua totalidade defende que o sopro de vida que Deus soprou em nossas narinas é a própria alma imortal implantada no ser humano. Sendo assim, o sopro de Deus em nossas narinas é o espírito (alma) imortal implantado nele, totalmente independente do corpo, preso dentro dele e liberto após a morte, com consciência e personalidade. Sendo assim, a narrativa de Gênesis 2:7 deveria ser entendida da seguinte maneira:
    “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra [corpo], e soprou em suas narinas o fôlego de vida [espírito/alma imortal], e o homem tornou-se uma alma vivente” (cf. Gênesis 2:7 – grifo meu)
    Essa é, contudo, uma interpretação tendenciosa que deturpa completamente a clareza do texto bíblico. Não é necessário ser nenhum grande teólogo para perceber que tal interpretação é inválida pelo fato que adultera os sentidos primários de corpo, alma e espírito, que são deixados de maneira bem clara na narrativa da criação da natureza humana em Gênesis 2:7. Além de ignorar o fato de que a primeira vez que alma [nephesh] é mencionada na Bíblia é relacionado ao próprio ser humano como um todo, tornando-se uma alma e não obtendo uma, também altera nephesh para o meio do versículo quando na realidade ela é claramente relacionada ao final deste. Tudo não passa de uma completa manipulação bíblica textual.
    A passagem da criação do homem coloca nephesh no fim do verso, e não no meio como querem os imortalistas. A alma é o que o homem “tornou-se”; o “espírito” é o que foi soprado nele para dar animação ao corpo formado do pó. Pelo fato de Deus não ter revelado a Moisés uma realidade dualista do ser humano, este narra simplesmente o princípio animador da vida dando animação a uma “alma vivente”. Esse total simplismo bíblico nega inteiramente que a natureza humana seja dualista, composta por uma alma imortal e por um corpo mortal. A revelação de Deus a Moisés incluiu apenas um corpo proveniente do pó tornando-se animado, sem qualquer tipo de alma sendo ingerida dentro da substância corporal para lhe conceder imortalidade.
    A forte tentativa de ignorar o simplismo bíblico no relato da criação humana não provém de alguma razão teológica (de fato, os imortalistas fazem de tudo para colocar uma “alma imortal” no relato da criação onde não aparece nada disso), mas sim porque negam em aceitar o fato óbvio de que a narração da criação traz uma natureza holista e não dualista do ser humano. Isso, evidentemente, os faria negar a sua crença de que Deus tenha implantado no homem um elemento eterno lhe concedendo imortalidade, o que daria um fim na doutrina do “estado intermediário” e do tormento eterno.
    Que nephesh não é o próprio espírito [ruach, no hebraico] implantado no ser humano com imortalidade e personalidade, isso fica muito bem claro na Bíblia Sagrada, embora sejam coerentes em alguns de seus sentidos secundários. A ignorância em aceitar o sentido claro de corpo, alma e espírito de acordo com a Bíblia segundo Gênesis 2:7 causa, além de adulterações no sentido do texto, uma confusão ainda maior para solucionar os problemas depois, por causa da interpretação tendenciosa e errônea por parte dos dualistas. E este é apenas o início do fim da imortalidade da alma.

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